Descrição
Princípios da Medicina Nuclear– Protocolos em Radiodiagnóstico e Terapias com radionúclideos – Radiofármacia e Controle de Qualidade em Medicina Nuclear
Coordenador Técnico Responsável:
Prof. Rafael Campos
A Medicina Nuclear é uma especialidade médica que utiliza materiais radioativos com fins diagnóstico, terapêutico ou de pesquisa, denominados radiofármacos. No diagnóstico, o radiofármaco apresenta afinidade por um determinado órgão de interesse para estudar sua fisiologia, metabolismo e/ou anatomia. A detecção da radiação emitida pelo paciente através da absorção do radiofármaco permite diagnosticar precocemente diversos tipos de doenças, enquanto que as alterações anatômicas, muitas vezes, não se manifestam senão em estágios relativamente avançados, como no caso de diversos tipos de câncer.
Historicamente falando, pode-se dizer que a medicina nuclear teve seu início após a descoberta da radioatividade natural por Henri Becquerel, em 1896, e dos estudos de elementos naturais radioativos por Marie e Pierre Curie, em 1898. Entretanto, os fundamentos biológicos para a medicina nuclear foram estabelecidos entre 1910 e 1945. Em 1923, Georg de Hevesy foi o primeiro a desenvolver o princípio de traçador e aplicá-lo em um sistema biológico onde usou nitrato de chumbo marcado com o nuclídeo radioativo 210 Pb, mostrando sua absorção e seu movimento em plantas.
Em outro experimento, uma medida da velocidade sanguínea foi realizada em 1927 por Herrmann L. Blumgart e Soma Weiss, administrando-se uma solução de radônio em um braço e detectando o radionuclídeo no outro braço, utilizando-se uma câmara saturada com vapor de água, denominada de câmara de Wilson.
Em 1932 foi construído o primeiro cíclotron por Ernest O. Lawrence e M. Stanley Livingstone, proporcionando a produção de radionuclídeos artificiais, através do bombardeio de núcleos alvos por partículas positivas aceleradas. Mesmo com o grande avanço que foi a criação do cíclotron, a comunidade científica da época sentiu a necessidade de pesquisar a produção de outros radionuclídeos artificiais. Necessidade que até hoje chama a atenção e o interesse de vários pesquisadores em todo o mundo. Em 1937, o elemento de número atômico 43 foi descoberto por Carlos Perrier e Emilio Segre com o uso do cíclotron. Quando o Molibdênio foi irradiado com dêuterons, observou-se uma radioatividade desconhecida e bastante forte. Ao analisar essa atividade, concluiu que poderia tratar-se de um novo elemento de número atômico 43. O novo elemento foi denominado tecnécio, que hoje é um dos isótopos mais utilizados na medicina nuclear.
No período da Segunda Guerra Mundial, a produção de radionuclídeos para uso em medicina cresceu significativamente com o advento dos reatores nucleares, com produção em escala comercial a partir de 1946.
A radiofarmácia tem grande importância em um serviço de Medicina Nuclear. Sem os radiofármacos, os procedimentos de radiodiagnóstico e terapia não poderiam ser realizados pela Medicina Nuclear [2]. Radiofarmácia é um ramo da ciência que estuda os aspectos químicos, farmacológicos, bioquímicos, fisiológicos e disciplinas similares, que se relacionam com o desenvolvimento de substâncias marcadas com radioisótopos. Os radiofármacos possuem a propriedade altamente desejável de não alterar as funções orgânicas porque não causam nenhum efeito farmacológico, apenas agem como traçadores [3].
O objetivo do curso é preparar os profissionais da radiologia para familiarizar-se com os principais protocolos e técnicas de aquisição de imagem de forma teórica e prática.
Referencias
1- CAMPOS, R.F. Avaliação da contribuição da contaminação de superfícies do quarto terapêutico na medida da taxa de exposição de pacientes de radioiodoterapia. TCC (Pós-Graduação em Proteção Radiológica e Segurança de Fontes Radioativas) – Instituto de Radioproteção e Dosimetria – CNEN. Rio de Janeiro
2- MATHER, S.J. Innovation in radiopharmacy: progress and constraints? Eur. J. Nucl. Med., v.28, n.4, p.405-407, 2001.
3- 8. CAMARGO, A.C. Otimização dos procedimentos de preparação, marcação e controle de qualidade do glucarato-99mtc para diagnóstico do infarto agudo do miocárdio. 2007. 60 f. Dissertação (Mestre em Tecnologia Nuclear) – Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares, São Paulo, SP
Conteúdo Programático:
08h00 às 08h10 – Abertura
– Grandezas e Unidades
– Atividade
– Atividade especifica
– Exposição
– Dose Efetiva
– Dose Absorvida
– Dose Equivalente
– Lei do inverso do quadrado com a distância
– Relação exposição atividade
11h45 às 12h00 – Encerramento
Local
Hotel Gran Corona
Rua Basílio da Gama, 101
Paralela à Rua Sete de Abril.
Estação Metrô República.
Horário
Inicio 08:00am
Término 12:00pm
Instrutor: Professor Rafael Campos. Possui graduação em Tecnologia da Radiologia Médica pela Universidade Nove de Julho (2013), especialização em Radiologia Industrial pela Faculdade de Tecnologia Finaci (2013) e Pós-Graduação Lato Sensu em Proteção Radiológica e Segurança de Fontes Radioativas – IRD/CNEN/AIEA (2015). Tem experiência na área de Física, com ênfase em Desintegração Nuclear, Medicina Nuclear e Dosimetria. Atualmente é aluno de mestrado do IPEN/USP.
Dr. Phillip Dmitruk
Carga Horária:
4 Horas
• Para estudante e professor, obrigatória comprovação
• Sujeito a alteração de data caso não haja o número mínimo de participantes.
Incluso:
– Material de Apoio
– Coffee break
– Certificado de Participação
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